quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

MORDIDA

Quando ela se entrega nua a meus desejos, entre luzes e sombras de sonhos prometidos, deixo a tormenta que se forma em minhas entranhas fluir como cavalos soltos nas estepes. Cravo os dentes em sua carne para sentir o gosto de sua liberdade em meu domínio absoluto. Aliso e aperto sua pele para sentir em meus dedos a textura de seus sonhos, procurando as entranhas de seus sonhos de entrega. As marcas desaparecem rápidas como pegadas na areia de uma praia imaginária que é somente nossa. Não ficam na pele, aprofundam-se tocando um coração que pulsa como a vida em um planeta distante.